Algo que não se importava com as gotas da chuva que lhe cortavam a pele feito vidro. Algo que naquele instante se importava com nada.
Algo... Alguém. Alguém que andava como em uma dança viciante, como os barcos se movimentam a deriva. Alguém que ia e vinha, repetindo sempre o mesmo movimento.
Alguém que provavelmente não estava se agarrando aos fatos daquela noite. Alguém que provavelmente não lembraria dos mesmos no dia seguinte.
Era alguém com os olhos fundos e a camisa encharcada.
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